Pinga é o nome popular da cachaça. Contam que no Brasil colonial, para se obter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Um dia, cansados de tanto mexer, simplesmente pararam e o melado desandou!
O que fazer?
Com medo do feitor, esconderam o melado que, no dia seguinte, estava totalmente azedo. Não pensaram duas vezes: misturaram o melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. O
"azedo" do Melado antigo era álcool, que aos poucos foi evaporando e formando goteiras no teto do engenho, que pingavam constantemente. Era a cachaça, já formada, que pingava. Daí o nome de "pinga". Porém, quando a pinga batia en suas costas, marcadas com as chibatadas dos feitores, ardia muito. Daí o nome "água-ardente". Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. Então, sempre que desejavam ficar alegres, repetiam o processo. Com o tempo, a fabricação da cachaça foi se aprimorando e caiu no gosto da população em geral.
Hoje ´artigo de exportação.